Já como diz o título, sou uma rapariga que pensa demais...
Às vezes não se percebe bem o porquê, nem eu própria!!
Os pensamentos surgem, as coisas são pensadas, fantasiadas, imaginadas...
Será que a verdade se afasta com o vento que faz tremer as árvores lá fora, aquele mesmo vento que faz com que não seja apenas uma brisa leve mas um empurrão...!
Os passarinhos cantam lá fora, está frio, ninguém entende o porquê das coisas mas todos as querem explicar...
Toda a gente tem um plano de fuga para outro, toda a gente tem uma solução para os problemas alheios menos para os seus próprios problemas, toda a gente chora por outro menos por si...
Caminhando numa estrada de terra, vendo o pó esvair-se no ar como que um pensamento esquecido, sentir o cheio a terra molhada enquanto chove uma água tão limpa como o teu sorriso...
Ninguém me conhece, ninguém te conhece, ninguém se conhece até ao momento em que o olhar do espelho se troca e entra na realidade de cada um que ouve o vento nas árvores, que ouve o cantar dos passarinhos, que sabe que o seu pensamento se esqueceu...
É confusa a lei da vida, é confuso o tempo e o frio, é doce o ar que respiro enquanto estás por perto e é fria a chuva que me cái pelo rosto...
É ácido o sabor das minhas lágrimas, é como que um rasgar a pele, como que um torturar um ser vivo, como que gostar de ver o seu sofrimento...
Esvair-me em sorrisos é o que faço quando estou contigo, é simples rir-me, é fácil mostrar que estou feliz...
Difícil é dizer-te que não gosto, que não sinto, que não quero, que o que quero é pó, é ilusão, é maneira... é difícil dizer-te quando estou triste...
É confuso um pensamento trocado, tal como um misturar de gomas de vários sabores na mesma boca, tal como subir a uma árvore e apanhar um fruto que não existe...
É fácil ser quem sou...
É difícil mostrar a verdadeira realidade daquilo que sou...
Sou, apenas sou, sou porque aprendi a ser, eu...
